domingo, 17 de fevereiro de 2008

Viajando no Terminal

- Tio, me compra uma coxinha tio que eu to com fome.

Parei, olhei, pensei, comprei,uma garotinha me pedindo um salgado, pequenina,não costumo dar nada que me pedem, mais na quele senso-comum, a, ja que é comida então beleza, então vou pagar.

-Peça ai ao cara!

E ainda comprei um salgado pra mim e um suco de acelora, e fiquei lá comendo, e já tinha até me esquecido da menina, já nem me passava mais pela cabeça aonde estaria essa garotinha, que derrepente eu ouço.

-Tio, me compra uma coxinha que to com fome.

Quando menos eu esperava outras voz me direcionou a mesma frase de antes, a mesma frase cortante, de deixar qualquer um agoniado, por não ter uma certa reação na hora, naquelas horas em que vc olha pra pessoa que o pede, fica com vontade de ajudar, mais não ajuda, mesmo podendo ajudar nem que fosse com o dinheiro do cigarro que vai comprar, não ajuda, mesmo sabendo que aquele dinheiro pode ser mais bem aproveitado do que aquele mísero cigarro, mais não dá, por egoísmo? Talvez. Mais com mais certeza da incerteza, a incerteza do que se fazer, na incerteza de como agir, para que aquela realidade que invade a sua possa ser transformada, e que quem mude seja as próprias pessoas que a vivem.

Olhei, agora invez da menina era um garoto, mais novo ainda que a menina, mais pequeno, mnais inocente, e eu de novo impotente, ele se mostrando conttente, infelizmente lhe digo:

- Não, não meu rapaz.

E essas palavras sairam tão secas, tão sem ação; mais derrepente, olho pro lado e vejo, a mãe daquelas duas crianças, chamando elas pra perto dela, e fiquei a imaginar o porque que levou as duas crianças a irem pedir comida ou algum trocado, talvez por que certamente não teriam almoçado, e a fome ali, ali realmente eles sabem o que é fome, como o ser humano fica quando não come e, quando desde a infânçia, já vivem sem esperança de uma melhora de vida.

E o que nós, nós pessoas conscientes das nossas ações, dos atos, das nossa palavras, das nossas caminhadas, realmente fazemos de fato?

Alguém?



shiiiiiiiiuuuuuu

Silêncio, não incomede,
tome um porre,
e acorde pra vida.

3 comentários:

J. Engel disse...

onww ;~~~
dilema neh??

putz! eu sempre fico com aperto qnd digo não, mas eh assim... talvez acontecesse o contrário... talvez o dinheiro não fosse bem empregado... pelo sim ou pelo não... Não! ^^

=** fã!

Menina dos olhos dágua disse...

porra..
soh agora lembrei-me de vir visitar o seu blog...
e arrependo-me de n ter feito isso antes!!!!

achei o texto lindo, triste, poético...
um dilema entre o assistencialismo puro e a "assessoria" de construção de uma realidade melhor!
Uma vez um amigo me disse q a caridade é o atestado de culpa da burguesia. pode ser. Por mais q doa o coração, faz mais quem luta pela transformação total da realidade! mt embora, de quando em quando, eu adimita. EU TENHO CULPA!
=o*************

Anônimo disse...

O mocinho! As palavras doces...aaa...elas podem tudo! beijinho!